31 jul, 2018 / por Bento Augusto

A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo suas atitudes, comportamentos e inseguranças. É uma habilidade essencial para todos, inclusive para aqueles que desejam assumir cargos de liderança.

Ao praticar a empatia, temos uma visão ampla do que muitas vezes, era ignorado por nós -enxergamos alguém como ele realmente é- e conforme nos esforçamos para compreender o próximo, desenvolvemos consciente ou inconscientemente esta habilidade. Seja no trabalho, nas relações afetivas, pessoais e familiares, aprendemos a aceitar, entender e conviver de maneira positiva, fortalecendo a comunicação e o respeito. Está diretamente ligada ao amor ao próximo.

Atualmente, os critérios para realizar uma contratação já não dependem apenas do quanto uma pessoa é inteligente ou a universidade que cursou, mas também, do quanto ela é capaz de lidar consigo mesmo e com os outros. O QI pode ajudar a passar em uma entrevista, mas as habilidades emocionais são o que irão definir uma promoção, por exemplo.

Desenvolver a empatia em seus líderes e colaboradores em geral, os mantém motivados, resultando em um trabalho mais alinhado e com resultados positivos. Segundo Daniel Goleman, considerado o pai da Inteligência Emocional, existem três tipos de empatia, a primeira, é a empatia cognitiva, que é a habilidade de colocar as coisas de uma maneira que todos possam compreender. A segunda, é a empatia emocional, comum em pessoas que são bons líderes, gestores e conselheiros. E a terceira, é a preocupação empática, de se colocar no lugar do outro, sentindo suas emoções e buscar ajudá-lo.

Bons líderes são pessoas capazes de descrever detalhadamente cada um de seus funcionários, reconhecendo não apenas suas características profissionais, mas também informações como sua comida predileta ou o time favorito, por exemplo. Liderança está diretamente ligada a relacionamentos, pois é desta forma que o trabalho é conduzido. Com a empatia, é possível sentir emoções que não são manifestadas e escutar ativamente para compreender o ponto de vista do outro.

Ser um bom ouvinte é uma das qualidades mais nobres do ser humano. Certamente você já desejou ser ouvido para aliviar emoções. Estar disponível nos torna pessoas completas, pois desde que nascemos somos ensinados a falar e raramente a ouvir. Quando dos disponibilizamos a escutar alguém com o coração, cultivamos a empatia. Quer um bom motivo para aprender a escutar? As estatísticas mostram que o ouvinte normal só consegue entender e se lembrar de 50% de uma conversação. Essa porcentagem, que já é bem baixa, cai ainda mais (para 25%) 48 horas mais tarde. Isto quer dizer que o que lembramos de uma conversa é algo impreciso e incompleto.

Quem imagina, por exemplo, que para ser um bom líder é preciso apenas saber se expressar bem ou direcionar tarefas, se engana. Ter empatia de saber escutar, respeitar e conduzir todos a excelência, é um dos itens que integra o processo da boa comunicação. Portanto, avalie o seu comportamento e identifique o que pode ser potencializado. Lembre-se: dificilmente mudaremos aquilo que não vemos ou aquilo que fingimos não enxergar.

Forte abraço! 1234